Era uma tarde nublada com alguns chuviscos,
Mas nada que pudesse encharcar nossas roupas.
Estávamos brigadas.
Motivo?
Ah, nada do que não se pudesse esperar.
Ciumes de minha parte.
Nunca fui fã de imaginar perdendo-a,
Mas nos últimos dias, vinha acontecendo coisas que nunca imaginávamos.
Não havia mais carinho, não havia mais conversas,
Não havia mais confiança.
Mas o amor que eu sentia por ela, era tão grande que naquela tarde pude provar.
Estávamos voltando pra casa do parque ibirapuera,
Pegamos um táxi e mal trocávamos palavras.
Nem nos olhávamos.
O taxista com sua grosseria arrancou o carro sem nem ao menos perguntar o destino.
Quando num rompante vi um clarão e apenas ouvi derrapadas no asfalto.
Quando vi um Nissan chegando perto e percebi que não havia alternativas,
Abracei ela e a protegi em meus braços.
Ela sairia com machucados possivelmente graves, mas não perderia a vida.
Foi no hospital a última vez em que a vi e pude toca-la,
E a última coisa que pude escutar foi um “eu te amo" vindo dela
E o barulho de uma máquina avisando que eu tinha partido.
Apaguei
Abri os olhos e consegui vê-la mas a expressão dela era de desespero
perto de um caixão e quando me dei conta,
já não podia toca-la.
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